- Como tens andado, Teseu?!
Chegaste há muito tempo? - Cumprimentou-o o Apolo.
- Cheguei há milénios e tu chegaste atrasado!
Fiquei um pouco incomodado, pois não lhe consegui explicar que a minha demora deveu-se à minha meditação sobre a Héstia.
A Héstia é a nossa colega giraça lá da escola, mas que não liga a ninguém. Todos os rapazes gostam dela, embora tenha um ar de rufia e sempre nos copos com o Dionísio.
Veste sempre mini-saia, calça botas da tropa e o cabelo é pintado de cor vermelho fogo.
- Vamos então falar com o brutamontes? Perguntou Teseu.
- Vamos lá ver se o encontramos no seu confuso lar... Falei e pensei como havíamos de lá chegar.
Esquerda, direita, frente, várias direções seguimos até conseguirmos encontrar o Minotauro. Fomos recebidos à cornada, mas depois lá conseguimos acalmá-lo assim que mencionamos o nome de Fobos.
Estranhamos a reação dele, pois alterou a sua bravura para cobardia, recuando com medo.
- O que tem esse rufia? Bufou o brutamontes.
- Rufia? Eu e o Teseu reclamamos.
Afinal o Minotauro explicou-nos que Fobos andava a influenciar Héstia, levando-a por maus caminhos. O alegado Bulling de que ouviram falar, não foi mais do que defender a sua amada.
Ali ficámos os três parados, um com cabeça de touro, os outros com cabeça de burro.
O silêncio foi a confirmação de que todos gostávamos da Héstia, e afinal era Fobos o mau da fita.